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11/02/2015
Governo vai pedir que indústria e comércio usem geradores
Para evitar um novo apagão, o Ministério de Minas e Energia está preparando um plano de emergência. O governo federal quer que comércio e indústria diminuam o consumo no horário de pico, que agora é mais cedo, no meio da tarde.
Economia de energia é assunto obrigatório para quem trabalha com iluminação. Tanto que há anos o dono de indústria de lustres Geraldo Martins Garcia se preocupa em reduzir o consumo em todas as etapas da produção de luminárias. A câmara de pintura, que funcionava com água e um motor elétrico, agora não tem motor e usa um filtro seco. Na estufa, também teve mudança. “Nós trocamos de elétrica para estufa a gás, é um equipamento novo. Então, o consumo de energia elétrica caiu muitoâ€, comenta.
No último dia 13, o consumo chegou bem perto da máxima histórica. E o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que vai sugerir à indústria e ao comércio que diminuam o gasto, no horário em que o consumo é maior.
A sugestão do governo para os shoppings é que eles usem os próprios geradores de energia para aliviar o sistema. Os equipamentos seriam acionados durante o horário de pico do consumo, entre 14h e 17h. Mas, normalmente, os geradores atendem apenas as áreas comuns. Dentro das lojas, não.
A Associação dos Lojistas de Shopping acredita que seria inviável que cada loja tivesse seu próprio gerador: o custo do combustÃvel é alto e não haveria nem onde colocar tanto gerador. A outra sugestão, de abrir as lojas uma ou duas horas mais tarde, também não agrada os lojistas. “Ela implica diretamente na redução de receitas. Hoje as lojas já tão com capacidade de funcionário bastante limitada. Se você tiver uma receita menor, seguramente muitos empresários terão que fazer desligamentos de funcionários tambémâ€, alerta o diretor de relações institucionais da Alshop, Luiz Augusto Ildefonso da Silva.
O especialista do setor energético Fabio Luiz Cuberos explica que, antigamente, o horário de pico era entre 18h e 21h. Por isso, é nesse perÃodo que o megawatt é mais caro. Só que agora o pico é à tarde. E ele concorda que vai precisar de algum incentivo para convencer a indústria a não usar a eletricidade, nas horas em que ela custa menos.
Fonte: globo.com